20 de setembro de 2009

Raquel

Talvez não tenhamos começado da melhor forma. Talvez tenha agido de forma errada, mas o que é certo é que também não sabia o que se passava e nunca nada me foi dito. Continuava a agir, magoava-te cada vez mais e tu sofrias sozinha e eu não sabia. Nunca me apercebi de nada (distracção!) e se não tivesse sido assim continuava sem saber.
Aproximamo-nos (continuando, eu, na ignorância) e dali começava a surgir uma amizade, um conhecimento respectivo … O tempo corria e cada vez mais, gostava de falar contigo, mesmo sem saber que sabias.
Prezávamo-nos mutuamente, com este e aquele momento nosso. Confidências (exíguas ainda) aproximavam-nos, nem que fosse ao pedir de um café. Tornei-me a “Fifi”, sem perceber bem porquê, mas com o maior dos prazeres, visto que começava a confiar em ti e a não ter razões para nunca desconfiar. E assim foi até ao fim…
E sem que nada o fizesse adivinhar, numa esplanada, numa amena cavaqueira abrimo-nos reciprocamente. Eu fiquei a saber como tinha actuado inconscientemente, sem saber a dor que te tinha provocado. O arrependimento apoderou-se e eu só te pedia desculpas, queria continuar aquela relação que estava a caminhar tão bem. Tu simplesmente me ouviste, a desabafar aquilo que notoriamente se observava, apesar de poucos o terem reconhecido.

Obrigada : )

Estás para SEMPRE comigo Raquel *

17 de setembro de 2009

Um olhar vale mais que mil palavras ;)

Já antes de eu própria saber, ou pelo menos assumir perante mim própria, ELES sabiam que eu queria. Queria e quero, mas continuo sem ter coragem para o assumir, sem coragem para evidenciar os factos, sem coragem para lhe mostrar o que realmente quero.
Cada vez mais o tempo corre e estou a ficar sem oportunidades, simplesmente porque ficamos sem tempo, com coisas para nos ocupar o quotidiano e deixamos de poder caminhar para onde queremos.
Desperdicei todas as ofertas, talvez por falta de coragem, por desconhecimento do que querias, por medo da rejeição. ELES avisaram-me mas eu continuava a insistir e não avançava.
Agora não sei se vou a tempo, mas hoje, mais que nunca, pareceu-me que ainda havia uma luz lá no fundo.
Sempre disseram, e com a maior das razões: um olhar vale mais que mil palavras ;)

15 de setembro de 2009

Voltar a confiar *

Por vezes encontramos pessoas nos sítios, situações e da maneira mais vulgar. Essas pessoas vão-se tornando imprescindíveis.
Conversa aberta, frontal e directa com cada uma delas foi aquilo de que usufruí. Não sou assim tão perceptível, mas eles, perspicazmente, observaram o que vagueava na minha alma, no meu pensamento, tudo o que me levava a agir daquela maneira, as minhas fragilidades… perceberam aquilo que os amigos clássicos não perceberam. Tagarelavam comigo sobre o assunto como se me conhecessem há anos. E na realidade, estavam a conhecer, pois eu involuntariamente, sem que de tal me apercebesse, ia confiando tudo. Eu percebi que neles eu podia confiar sem pensar no resto. Podiam ter simplesmente ter ignorado ou ter contado o que pensavam ao resto do mundo, mas não. Chegaram até mim apenas com o intuito de me ajudar. Voltei a confiar!

Ficaram guardados todos os momentos, e vocês ficarão para SEMPRE *

9 de setembro de 2009

A mudança *

Fui cobarde. Sim fui! Tentei virar as costas ao problema para simplesmente não o ver, tento a mais perfeita concepção de que, nas minhas costas iria tudo continuar. Bem, os papéis inverteram-se, os covardes, desta feita, iriam ser eles. Mas eu antecipo-me! Vou converter a minha vida mas de frente para com os problemas.
É tempo de mudar! Quero ser uma pessoa nova, que deixou no passado todos os erros, todas as desventuras, tudo o que a magoa, todos os momentos irrisórios, trazendo consigo apenas as lembranças sadias de momentos alegres, os amigos e tudo o que de favorável existir neste passado vagamente esquecido.
Se a vida é nova, existem coisas que terão de mudar. A atitude para com os bons e os maus, estes que irrisoriamente persistem em me atormentar esta mudança. A imagem, se antes era a rapariga atormentada, hoje sou a rapariga segura de si própria com uma vontade de viver e ser feliz enormemente viva.
Vou encarar com muito mais empenho todos os obstáculos, não desistindo de nada, só porque não consegui agora, neste momento. Talvez estas dificuldades tenham razão de existir. Será para me fortalecer? Para, simplesmente, eu observar que tudo na vida tem um custo? Seja para o que for, a vida é para ser encarada, não para lhe serem viradas as costas.